Alimentação saudável é aquela que é adequada para cada tratamento
25/02/2019 - 3 minutos de leitura
É muito comum os pacientes com diagnóstico de câncer resolverem mudar os hábitos alimentares, buscando informações sobre “dieta saudável”.
A ideia parece boa, mas existem alguns perigos, como os citados abaixo:
Fazer uso de dietas restritivas e milagrosas e, consequentemente, perder peso e apresentar deficiências nutricionais.
Por exemplo, a restrição de carne branca e vermelha pode levar à carência nutricional de ferro e vitamina B12. Do mesmo modo, a restrição de glúten sem substituição de alimentos pode levar à perda de peso indesejada.
Escolher alimentos reconhecidos com saudáveis, porém, incompatíveis com o tratamento.
Por exemplo, os pacientes em tratamento com radioterapia na região pélvica (reto, ovário, próstata) não devem consumir grãos, cereais integrais, castanhas, batata-doce e brócolis, devido a maior produção de gases intestinais. Caso essa restrição não seja feita, isso pode atrapalhar o tratamento.
Comer de três em três horas.
Apesar de ser uma regra básica para manter a regularidade da alimentação, os alimentos consumidos nos intervalos das principais refeições devem ser analisados e inseridos conforme necessidade de nutrientes e calorias. Por exemplo, para os pacientes que estão em controle de peso para não engordar, comer uma porção de frutas no intervalo da manhã e antes de dormir pode ser uma boa opção. Já para os pacientes que precisam ganhar peso, sugere-se algo mais calórico, como vitamina, mingau, iogurte com salada de frutas.
Esses exemplos são para enfatizar que não existe uma alimentação única que sirva para todas as pessoas e compatível com todos os tratamentos. O segredo está em adequar a alimentação ao paciente e ao tipo de tratamento. Outro aspecto importante é a idade do paciente que deve ser considerada. Vale ressaltar que o paciente com câncer deve procurar um nutricionista especializado para receber orientação personalizada.
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